terça-feira, 24 de agosto de 2010

Frei santo Rita durão

Estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro até os dez anos, partindo no ano seguinte para a Europa, onde se tornaria padre agostiniano. Doutorou-se em Filosofia e Teologia pela Universidade de Coimbra, e em seguida lá ocupou uma catedral de Teologia.
Durante o governo de Pombal, foi perseguido e abandonou Portugal. Trabalhou em Roma como bibliotecário durante mais de 20 anos, até a queda de seu grande inimigo, retornando então ao país luso. Esteve ainda na Espanha e na França. Voltando a Portugal com a "verdadeira" (queda de Pombal e restauração da cultura passadista), a sua principal atividade será a redação de Caramuru, publicado em 1781. Morre em Portugal em 24 de janeiro de 1784.
Ao Brasil não voltaria mais, e sua epopéia é uma forma de demonstrar que ainda tinha lembranças de sua terra natal.

Obras

Caramuru

[...] XLIII
Perde o lume dos olhos, pasma e trema,
Pálida a cor, o aspecto moribundo, Com
mão já sem vigor, soltando o leme, Entre as
salsas escumas desce ao fundo. Mas na
onda do mar, que irado freme, Tornando a
aparecer desde o profundo: "Ah! Diogo
cruel!" disse com mágoa, E, sem mais vista
ser, sorveu-se n’água.
XLIII
Choraram da Bahia as ninfas belas Que,
nadando, a Moema acompanhavam; E,
vendo que sem dor navegam delas, branca
praia com furor tornavam. Nem pode o claro
herói sem pena vê-las, Com tantas provas
que de amor lhe davam; Nem mais lhe
lembra o nome de Moema, Sem que ou
amante a chore, ou grato gema.
[...]

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